quarta-feira, dezembro 06, 2006

SONS!!! - electro

Trabalhando pra cacete, mas não deixando de ouvir música! Acredito veemente de que seja muito melhor consultar páginas de amigos para colher dicas de sons do que confiar em colunas “oficiais” que divulgam informação processada pelos motivos de hype de sempre. Você conhece a pessoa, seus gostos e sua forma de expressar seus pontos de vista. Faço aqui minha colaboração.

THE KNIFE


Gente esquisita essa...

E meio às novas ondas propagadas pela mídia imediatista, é sempre bom atentar justamente para aqueles nomes que ficaram lá no fundo destas reportagens, meio que perdidos ou condenados por serem um tanto quanto “diferentes” mesmo. É o caso da famigerada “Cena de Estocolmo – Suécia”, atualmente o centro nervoso dos caçadores de novidades com prazo de validade curto, e que pouco deu destaque ao electro esquisito da dupla de irmãos - Olof e Karin Dreijer - The Knife. Na verdade eu só dei a devida atenção por conta de uma matéria apresentada pela minha namorada e que depois fui ligar com os toques dados anteriormente pelos meus amigos Led e Taylor. Pois bem, o tal The Knife é uma agradável e instigante surpresa! Numa primeira audição dos álbuns “Silent Shout” e “Deep Cuts” identifiquei rastros de electro-clash (aquele revival anos 00 do techno-pop/electro-funk 80’s em ritmo tosqueira e desbocado), boas doses de dark wave (sobretons góticos em formas gélidas e eletrônicas) e até mesmo um tanto de “keyboard music” (não me perguntem o que seja isso...). Olha, na verdade as interrogações piscaram aos montes no meu cérebro, pois é tudo isso que falei e bulhufas disso também! Arrisco a afirmar: trata-se de um som original, onde os vocais ambíguos (são melancólicos? São debochados? São infantis? São demoníacos?!?) de Karin dão um aspecto absolutamente único na proposta musical da dupla – isso quando Olof resolve soltar sua voz de urso pimpão sintetizado (também não me perguntem o que diabos venha a ser isso!) para bagunçar tudo de uma vez. Consegui ainda verificar batidas dançantes “normais” (na faixa dos 130 bpms), outras bem rapidinhas (160 bpms!), subgraves e cliques (nervosos!) no melhor estilo minimal, e vislumbrei o agrado numa pista de dança tanto para clubbers, rockers e góticos que queiram sacudir o esqueleto com sons nem um pouco óbvios. Ah, e ainda sobram baladas que evocam emoções ainda mais estranhas! Fora que eles já têm um DVD (imagem acima) que, pelos visuais apresentados no show, deve ser alucinógeno. Troço bom, esquisito e original este The Knife!

THE NEON JUDGEMENT




Electro por electro, é sempre bom ver os caminhos das novas gerações se cruzando com tiozinhos que andavam um tanto quanto esquecidos. É o caso do duo (Dirk Da Davo e T.B. Frank) belga The Neon Judgement, que despontou na segunda metade da década de 80 praticando um mix de cold wave, electro, gothic rock e EBM, e que parecia ter perdido o rumo totalmente nos anos 90. Eis que a turba do electro-clash anos 00 resolveu tirá-los da sombra do ostracismo e deram uma forcinha na coletânea “Box”, lançada em 2005, ao comporem os remixes do disco-bônus. Obviamente tanto a coletânea em si quanto os remixes, foi privilegiado um repertório mais voltado para bases eletrônicas toscas e programações oitentistas totalmente caricatas. Particularmente curto mais as faixas melhores trabalhadas – e que não constam na coletânea – como “Kid Shyleen” e “Chinese Black”, aquelas que justamente expõem uma face mais rica, sonoramente falando, do Neon Judgement. Sobre o disco de remixagens, sobressaem-se as versões produzidas por Tiga (“TV Treated”), Vive La Fête (“Too Cold To Breath”), The Hacker (“Factory Walk”) e Terence Fixmer (“Nion”) – todos estes apontando novos rumos e sem se apregoarem a tosqueiras propositais, pois nos outros remixes parece que tentaram ridicularizar os supostos “homenageados”. Por via das dúvidas, consulte os originais da banda, particularmente “General Pain and Major Disease” e “”Horny as Hell”.

*Saí da lerdeza de posts! Ainda tem muita coisa por vir!

6 comentários:

Anônimo disse...

fala kalunga!

ae, eu vi vc tocar esse the knife na dark street e achei massa!!

vou procurar este neon judgemente tbm!

abracao!!

Kalunga disse...

fala vitorio!

o Neon Judgement é bem bacana, e aconselho baixar os discos que falei no post. aí vc passa p/ os remixes e a satisfação é garantida!

abração!

Kalunga disse...

Booka Shade - vou procurar AGORA!

Led, vale à pena baixar alguns discos originais da discografia do NJ. Sobre os remixes, estes que citei são os melhores, electro fodão com certeza!

abração!

Kalunga disse...

rapaz, eu iria postar aqui e acabei passando baitdo e acho que vc já deve conhecer isso: o disco de remixes de "Return of The Gift", aquele de regravações do Gang of Four. Rapaz, o remix do Ladytron ficou electro-industrial fodido, fora os demais...

Anônimo disse...

Rapaz, esse Neon Judgement é banda velhaca, hein? huahuahua!!!

som muito bom, em especial essa musica aí , kid shyleenn! esse the knife me lembrou em alguns pontos o eurythmics!

abração véio!

Kalunga disse...

Fala Edígio! enfim comentou, hein? hehehehe...

Realmente, em alguns momentos o vocal da menina do The Knife e os climas electro-minimalistas emulam a banda da Annie Lennox, com certeza. Até mesmo na esquisitice, pois o Eurythmics no clipe de "Sweet Dreams" chega a ser tétrico e aquelas cenas são emjladas aos montes pela galera do electro atual.

Bom, Neon Judgement é isso aí mesmo: electro, sythpop, goth rock, ebm e nada disso ao mesmo tempo. Por incrível que pareça, a banda tem personalidade.

abração!