terça-feira, agosto 07, 2007

The Last Sucker


Este ainda não sou eu...

No meio da correria do dia-a-dia, quatro trabalhos diferentes (de locais diferentes!) para fazer todos ao mesmo tempo, arrumando as coisas às pressas, cada pé com uma meia de cor diferente, a pressão de dar conta de tudo sem fazer merda, ventilador ligado mesmo fazendo frio, rinite alérgica batendo com força, cabelo na cara, cabelo do nariz crescendo pra fora, telefone celular que não funciona tocando e apagando tudo na hora que eu atendia, não sabia quem estava ligando, tropecei na cama, bati a canela com força, tô cheio de roxos pelo corpo por conta destes esbarrões, este parágrafo que não termina...e apertei play do Winamp no meio desta loucura toda, já com o fone no ouvido (na verdade eu estava com o fone no ouvido o tempo todo, acho que foi por causa dele que tropecei), e havia uma faixa mais calma selecionada para justamente preencher meu cérebro naquele momento com sonoridades amenas...só que o troço estava ligado no shuffle e abriu o som rasgando tudo com a versão de “Roadhouse Blues” (The Doors) que o Ministry cometeu no seu disco mais recente, “Last Sucker”. Thrash metal industrial com pegada blueseira, dois bumbos a lá Motorhead, Al Jougersen rasgando os vocais como se estivesse tirando u msarro de minha cara naquele momento. Pronto! Agora sim eu acalmei!

Eu poderia tecer comentários mais profundos sobre cada faixa deste troço de louco que é o disco novo do Ministry, mas não dá. A parada fundiu meu cérebro com força! Sei lá, me senti como no filme “Old Boy”, quando o cara sai com a machadinha na mão querendo vingança. Mas eu não quero vingança! Eu quero ouvir este som mesmo no meio do caos em que me encontro no momento – a machadinha serviria para eliminar os obstáculos nos quais vivo esbarrando ultimamente. O Ministry inisiste em participar de minha vida em momentos marcantes, tipo quando recebi pelo correio o “Filth Pig” em plena Quarta-feira de Cinzas chuvosa. Fui ouvir “The Fall” com um pé d’água caindo do lado de fora... Enfim, “Last Sucker” encerra a trilogia anti-Bush perpetrada pelo Ministry de forma primorosa. E tenho que agradecer às pessoas que me têm me repassado sons como esses nos últimos meses, pois realmente não estou tendo condições de baixar qualquer coisa há tempos. Mas tenho plenas condições de ouvir cada som (presente!) desses e ficar com uma impressão de que estes momentos atuais estão tendo sua trilha sonora acertada – ainda que involuntariamente. Valeu!

9 comentários:

Anônimo disse...

rapá, uma hora vc cai duro no chão, huahuahua!! ministry pra acalmar???

abrqção!

Kalunga disse...

hehehehe...

Tio Al anda me salvando, hahahaha!!!

todos os créditos ao Doggma, que vem me presenteando com estes links do inferno!!!

abração!

Anônimo disse...

Vaaaaaaaaaaaaaaaccccccccccaaaa!!!! Temos que marcar uma audição "descente" da máquina moedora de tio ALL, regada à whiskey, Bohemia e pinga para afastar os maus agouros!!! Também estou com "todas" as guias aqui comigo e queria que você desse uma conferida!!!! Sei que você tá meio enrolado mas me liga ae! Tô de volta às sextas que é um bom dia pra um Motorhead!!!!!
Lemmy

Kalunga disse...

Leeeeeemmyyyyyy!!

rapá, não tá rolando nada de ruim não, ésó excesso de trabalho. De tanto tempo ficar só pulando de galho em galho, agora peguei pedreira pela frente, mas tá ótimo, hehehehe...

Bom, semana que vem eu acho que estarei menos atolado de coisas p/ fazer, por mim rola aquela terça do inferno fácil, tipo na casa do Turco, ou na quarta, na quinta, hahahahaha!!!

Last Sucker rules!

Anônimo disse...

Ministry rula!!!

doggma disse...

The Anti-Bush Trilogy ruleia geral!

Aê Kalunga, agora foi-se mermo mermão! >>

http://bizz.abril.com.br/especial/especial_248016.shtml

Até quando, senhor?

Anônimo disse...

Mas não era um martelo em vez de machadinha?

Kalunga disse...

Salve Doggma!!!

eu iria posta algo sobre o fim da Bizz, mas fui atropelado pela (falta de)banda-larga...acredito em uma série de fatores que tenham levado ao fim novamente daquela revista. Entre eles:

- a incrível pedância de seus textos, apostando que os jornalistas seriam mais improtantes que os artistas entrevistados. Dali daqueles textos (muito bem escritos, não há o que se dizer sobre isso), eles não foram capazes de mobilizar platéias para ídolos ou pretendentes a tal - que faria as pessoas correrem p/ as bancas p/ comprar a revista.

- excesso de dependência da internet nos textose na construção da revista. Você tem que estar mega-ultra-antenado para sacar quem é tal pessoa, perceber que fulano de tal foi entrevistado pq seu video bombou no youtube. Se vc não tem banda-larga ou, se tem, não fica 10 horas conectado por dia, se fode...

- os textos da revista eram curtos, as matérias idem. O conteúdo era muito rarefeito, dependia demais do que vc poderia ler n/ internet p/ complementar o que fora publicado no papel.

- eles discutiam tanto sobre "o fim da tv como vc via antes", "a indústia do disco faliu - baixe tal som!", "ouça no seu IPod"...beleza, só que NUNCA discutiram sobre o fato do Brasil ainda caminhar mal das pernas em termos de banda-larga, que este tipo de conexão inda é muito caro p/ nossa população, que a maioria esmagadora dos internautas tupiniquins ainda acessa pelo telefone, que o preço de um Ipod é uma fortuna...Isso restrigia demais o público que poderia ler a revista e se identificar.

- os caras da Bizz viviam uma realidade muito paulistana de achar que o centro do universo é lá!

- eu, sendo internauta de carteirinha, que tenho acesso à conexão mais veloz e já nasci achando que internet é tão comum quanto tv aberta: pra quê vou comprar uma revista que ACHA que sabe mais que vc, mas que também dependa tanto da internet p/ prover seu conteúdo? O público que tem a internet banda-larga nas mãos desde guri simplesmente não vai gastar dinheiro numa revista cujo conteúdo pode ser acessado num clique e em tempo real.

- A Bizz errou feio na linguagem adotada e no alvo que eles queriam conquistar. Eu cresci lendo a revista, gosto detextos mais longos e aprofundados. Mas a Bizz escrevia textos curtos e que dependiam da internet p/ que pudesse sacar o que estava sendo abordado. Fora que eles publicavam termos/gírias típicos da internet e também trechos de letras de música (nas resenhas) sem tradução - beleza, eu saco alguma coisa de inglês entendia claramente, mas e o figura brazuca-comum que não é "superantenado em música"???

A Bizz já foi tarde...

Anônimo disse...

Ministry rula.
Ouvi e aprovei.
Timbres fudÕes.