terça-feira, março 03, 2009

Start 2009

Mal o ano começou e já tem muita coisa boa rolando no terreno musical. Alguns sons aí foram lançados no fim de 2008, mas valem ser citados. Eis aqui uma seleção do que anda fazendo minha cabeça no momento:



Revolting Cocks

Axl Rose deveria ter dado uma ouvidinha neste disco antes de lançar o "Chinese Democracy" e sua truncada mistura de hard rock com música eletrônica. Comparação um tanto quanto maluca, mas é por aí mesmo: quer um disco de industrial com pegada totalmente rock and roll, sexista e escrota? Então esqueca do sonho megalômalo do cara do Guns'n'Roses e caia dentro na onda destes aloprados do Revolting Cocks. O que antes era um projeto paralelo de Al Jourgensen (Ministry), Luck Van Acker (Mussolini Headkick) e Richard 23 (Front 242) criado em 1985 e que sempre contou com uma penca de convidados a cada lançamento, agora parece ser a banda principal de Jourgensen após o fim do Ministry. E seus novos companheiros fixos (além do tradicional entra-e-sai de convidados) de esbórnia cyberpunk-hard-rock-industrial-disco-dance Josh Bradford (vocais), Sin Quirin (guitarra)e Clayton Worbeck (programações) cometeram um discaço agora em 2009. "Sex-O-Olympic-O" facilmente se coloca entre os melhores lançamentos com a marca de Jourgensen (inclua aí os discos e EPs do Lard e do Pailhead e também os clássicos do Ministry) e possivelmente também como o melhor disco do RevCo. A fórmula disco-industrial sacana dos álbuns lançados nos anos 80 e 90 ficou pra trás, mantendo-se somente o clima de tiração de sarro de outrora. Senão, o que dizer de faixas com nomes como "I'm Not Gay", "Touch Screen" (eles certamente não estão falando de um iPhone...) e "Lewd Ferrigno" (sim, uma corruptela com o nome daquele ator gigante que fazia o Incrível Hulk da TV) se não uma gozação atrás da outra? Eles ainda pegam pesado nas guitarras roqueiras e refrões memoráveis, daqueles pra cantar numa festa com todo mundo chapado babando cerveja. Manja a versão do T-Rex que o Ministry gravou em "Cover Up"? É nesta onda! Entre os destaques, temos o peso travadão de "Keys To The City", o refrão totalmente glam de "Cousins", o riff hard rock sujão de "Red Parrot" e seu refrão sleaze pra caralho, com direito até uma gaita e pianinho meio Little Richard no fundo. Mas, na boa, o disco inteiro é foda! Nesta onda de misturar putaria com rock and roll, hard, metal e industrial eu não conheço ninguém que ouse nesta mistura além do RevCo. Portanto, baixa essa porra!



O simpatico figura da foto acima é o responsável pela banda de EBM (electronic body music) mais fodona da atualidade. Verdadeira febre entre góticos e cyberpunks, o Combichrist surgiu como um projeto paralelo de Andy LaPlegua, então vocalista do Icon of Coil, um dos grandes nomes do futurepop ao lado de Apoptygma Berzerk e Covenant. Ao invés de melodias neo trance e batidas dançantes estilo rave típicos do futurepop, o pesadelo cibernético do Combichrist parece ter se tornado muito maior do que a então banda principal de Andy, que inclusive deixou o Icon of Coil na geladeira por tempo indeterminado. "Today We Are All Demons" surge como um típico disco do Combichrist: batidas eletrônicas retas e pesadas soando como um martelo batendo numa bigorna, BPM invariavelmente mais travado (raramente passa dos 125), vocais agressivos e aquele clima perfeito para ilustrar as cenas de pancadaria de um filme como "O Clube da Luta". Ou seja: sem aquela frescurada neo gótica melodiosa que tem assolado a EBM nos últimos anos.


Videoclipe oficial de "Sent To Destroy"

O disco em questão exibe pedradas animalescas com refrões prontos para o grito de guerra nas pistas de dança mais obscuras do planeta. "All Pain Is Gone", "I Want Your Blood", "Can't Change The Beat" (esta, com influência certeira de Front 242 fase "Tyrrany For You"), "Sent To Destroy" (o primeiro single, destoando por ser um pouco mais acelerada) e "Get Out Of My Head" se candidatam prontamente a novos hinos ao lado das já mega-clássicas "Get Your Body Beat", "This Shit Will Fuck You Up", "Electroheads" e "Sex, Drogen & Industrial". Longe de sua fórmula demonstrar sinais de desgaste, o Combichrist deixa seus adversários lá pra trás, jogando influências de techno e fazendo referência à EBM clássica a todo momento sem soar datado. Alguns downloads por aí inclusive vêm com um disco-bônus inteiro de faixas instrumentais com uma pegada techno/minimal de primeira, o que reforça o lado evolutivo da banda. Esqueça os rótulos de TBM (terror body music) ou hellectro: o Combichrist está muito acima desta galera que acha que é só colocar um batidão dark trance ao fundo com um mané gritando coisas sem qualquer rastro de melodia ou refrão e achar que vai apavorar por aí.

Caramba, mais uma resenha do KMFDM neste blogg? Prometi a mim mesmo que não cairia na repetição, e por isso traço breves comentários: "Blitz" é um discaço! Começa com um supreendente batidão drum'n'bass ("Symbol") pra depois cair na pancadaria movida a riffs de guitarra, passa pelo beat travado do EBM com os vocais cada vez mais presentes da gatíssima Lucia Cifarelli ("Bait and Switch", "Never Say Never"), e acaba revelando mais um possível hit grudento da banda em sua fase mais recente ("Strut", pop pra caralho no refrão, com Lucia dominando tudo de vez, fazendo time com as já clássicas "Proffessional Killer", "Looking For Strange" e "From Here On Out"). Vai fundo que é tiro certo mais uma vez!

Poucas bandas quando promovem mudanças radicais na sonoridade que as consagraram alcançam êxitos maiores ou equivalentes tanto para os fãs quanto comercialmente. Este parece ser o caso do Apoptygma Berzerk, que saiu do típico futurepop ao qual eram tão comumente associados e mergulharam num mix de synthpop com bateria e guitarras de verdade e muita, mas muita melodia grudenta no disco "You And Me Against The World". É fato que os caras exageraram um tanto na sacarose naquele disco, mas mantêm-se firmes e fortes nesta nova fase, conquistando novos fãs a todo momento e vendendo muito mais. Dito isso, "Rocket Science" evolui nesta fórmula e apresenta faixas excelentes como "Weight Of World" (bem synthpop), "Asleep or Awake" (bem goth rock), "Green Queen" (bem rock) "Incompatible" (bem dark) e "Shadow" (bem... Depeche Mode!), todas boas pa cantar junto. Já nas demais, cuidado: franjas emo podem simpatizar com a banda e aí fudeu...

Electro-rock-e-outras-esquisitices



Os bons tempos de "Smack My Bitch Up" e "Poison" estão de volta? Não sei bem ao certo... A verdade é que o tão aguardado novo disco do Prodigy, "Invaders Must Die", aposta nas glórias já conquistadas em mega-clássicos como "The Prodigy Experience", "Music For Jilted Generation" e "Fat Of The Land" (um dos discos que mais ouvi na vida) e lança mão de clichê atrás de clichê do que se espera do combo liderado por Liam Howlett. Ele inclusive chamou de volta o rastafari dos infernos (Maxim) e o Bozo-malaco-pilhado (Keith Flint) para não ter erro: é aquele breakbeat hardcore com pegada roqueira, visceral pra caralho, do tipo que incita uma pancadaria na pista de dança, toneladas de programações sujas e muita palavra de ordem para gritar junto. Me transportei para 1998! Porra, mexer com nostalgia é foda, ainda mais para uma época que, para mim pelo menos, foi muito marcante pra minha vida. Mas depois de botar Take Me To The Hospital no talo, foda-se o resto: meu sangue ferveu nas veias! Só que nada tira da minha mente que o Prodigy virou os Stones da música eletrônica, deixando de tentar reinventar a roda e lançando discos que, daqui pra frente, vão somente remeter aos tempos áureos.

Ano passado eu quase não ouvi rock. Meu cérebro parece ter sido formatado tal qual o HD de um robô em curto-circuito. Não nego minha total predileção por este universo musical em particular, mas a verdade é que, pelo menos para meu gosto pessoal, o ano de 2008 foi excepcionalmente bom na música eletrônica. E particularmente mergulhei fundo no som de bandas de electro-rock, maximal e neo-synthpop de gente como The Presets, The Whip, The Faint, Friendly Fires, entre muitos outros que, por falta de tempo e de fôlego, não resenhei por aqui, mas que sobre estes você pode ler fartamente em bloggs indies diversos por aí. Entre um dos destaques saídos do forno no finzinho de 2008 está o ótimo disco "Hot Robot", do Golden Bug. Electro-rock, breaks, neo-disco, electro e muito groove com BPMs médios (entre 120 e 130), bom para sacudir qualquer festinha bacana. Um dos melhores discos do gênero dos últimos anos e pouco ou nada hypado por aí.


Amigos do Jason: MSTRKRFT

É impressionante como todo equalquer artista da música eletrônica vindo da França paga pedágio ao Daft Punk! A sonoridade que mescla electro do fim dos 70' e começo dos 80', grooves robóticos, climas vintage, vocoders e BPM moderado ecoa em praticamente todas as produções vindas da terra da baguete e do roquenford. Este é o caso do Yuksek, que lançou o ótimo "Away From The Sea" no começo deste ano. Um tanto quanto mais pop, é verdade, mas igualmente irresistível o som deste moleque francês. Agora, se você curte uma pedrada maximal lotada de barulhinhos que parecem ter vindo de um Atari dando pau, "Mad Kit", novo álbum do DAT Politics é a sua trilha sonora! E tome aqueles sintetizadores rasgados, quase como som de guitarra, acompanhando uma batida seca e pesada, tudo isso com muitos barulhinhos eletrônicos malucos acompanhando. Coisa para robô dar pau na pista de dança - divertido pra caramba! Tão divertido quanto carregado em aura hype é o que você sempre pode esperar do som do MSTRKRFT. Eles sim fazem os sintetizadores rugir como guitarras raivosas, são meio que os pais desta mistura maximalista da música eletrônica nem um pouco afeita a sutilezas e ainda jogam nela climinhas de seriado de TV americano dos anos 70/80 (tipo "Os Gatões", "Duro Na Queda" ou "o Incrível Hulk"). O disco novo, "Fist of God", vai fundo na repetição desta fórmula que os consagrou, e já demonstra sinais de cansaço. Óbvio que sobra diversão numa pista de dança ao som da músicas novas. Mas, tanta badalação em cima de algo que eles próprios ajudaram a criar e massificar - a junção do universo indie com a música eletrônica como algo viável para uma dancefloor, parece ter minado a vontade de inovar destes caras. Divertido, mas com gosto de requentado.

Se é para requentar, que o faça bem feito! É o caso do We Are Standard, que lançou o disco homônimo no fim do ano passado, emulando o som que o Franz Ferdinand (e um tantinho também de LCD Soundsysntem) hypou ao mundo. Só que estes caras pegaram a fórmula prontinha (até refrões de parecem) e o fizeram de maneira mais divertida, eletrônica e dançante. Algo que parece ter sido a intenção do próprio Franz Ferdinand com o excelente "Tonight...", mas que eles acabaram mantendo um dos pés no chão antes de assumirem a balada-bombação de pista de dança de vez. Na boa, músicas fantásticas como "Bye Bye", "The First Girl Whow Got a Kiss Wthout a Kiss" (esta lembra as melhores músicas do ótimo VHS or Beta), "Don't Give Up" (com ótimo groove de baixo e percussão e um refrão leve e divertido que fica na mente por dias), "Other Lips, Other Kisses"... na verdade, teria de enumerar todas as faixas. É um daqueles cada vez mais raros álbuns bons do início ao fim, com oito faixas (mais um remix), enxuto e divertido pra cacete, tal qual devem ser os bons discos de música pop.

Para finalizar, uma banda indie esquisitona: Mt. Sims. Imagine o encontro das vozes de Lux Interior (The Cramps) e Nick Cave com o espectro soturno do Joy Division e uns climinhas noir produzidos por algum sintetizador vagabundo. O disco "Happy Ever After" é surpreendente, capaz de agradar góticos, electro-rockers, rockabillies e indies afeitos a estranhezas afins. Ótimo para ouvir numa garagem lotada de goteiras e morcegos no teto, bebendo vinho barato e, de preferência, sem este calor absurdo que anda fazendo nestes dias de março. Bom pra preparar o clima da sexta-feira 13 que se aproxima...

Se quer conferir estes sons electro-rock-e-não-sei-mais-o-quê, vá direto à fonte do Kalunga!

10 comentários:

Anônimo disse...

Kalunga, os Revolting Cocks sempre me agradaram mais que o Ministry e o Front 242. A mistura rock com industrial e eletrônico sempre foi foda. O Lard também é foda. Bom, o "Sex-O-Olympic-O" está devidamente baixado. Ótima dica. Vou mostrar pro Ramon, ele vai pirar. Vou inticar o Combichrist para ele. O moleque se amarra em narra RPG cyberpunk.

Kalunga disse...

Combichrist é som eletrônico de macho, hehehehehe... pedrada travadona na cabeça! muito foda!

este RevCo está fenomenal, rock and roll pra caralho, vc vai gostar mesmo Mentor!

Chantinon disse...

puta que pariu!
E minha internet estúpida da TIM não vai me deixar baixar isso rápido... mas eu vou esperar pacientemente :)

É isso ai cara... Prodidy foi marcante...

Agora, para você ir se preparando... Juntar Ministry e Front 242... Isso me deu um calafrio, não pelo som dos caras, mas pela intuição que me diz que isso vai virar sampler de funk carioca.

E do jeito que o mundo tá, corremos o risco de ver os autores originais desembarcarem no Brasil para fazer dueto com os manos.

E foi depois que a Bjork aterrissou na Bahia e cantou em português (Se é que aquilo é português) que ela lançou seus 2 últimos discos que são pura cacofonia e daquelas que não da para escutar (só quem cheira muito pó mesmo)

valeu pelas dicas... não vejo a hora de destruir meus ouvidos :D

Ah! Relembrando NT, to ouvindo a discografia do Manic Street Prechers. (Tá, é meio gay, mas e dai, é bom)

Kalunga disse...

Salve Chantinon!

Pois é, o pancadão na verdade dá as calças pelo Front 242, pq eles já usurparam muito do som dos belgas, até que entornaram o caldo de vez e resolveram usar o riff sintetizado de "Headhunter" na introdução de um funk famoso do Bonde do Tigrão. Lembro-me que fui discotecar numa festa e toquei "Headhunter", veio uns figuras falando: "pô, que versão estranha é essa de 'Cerol na Mão?'"... as voltas que o mundo dá, hehehehe...

Mas acho que vc vai gostar desse Revolting Cocks aí, tá bem rock and roll.

Bjork na Bahia? Que mico! Gringa deslumbrada com caôs, tipo a Camile Paglia dizendo na Veja que é fã da Daniela Mercury (uma das figuras me me transmite mais falsidade em seu olhar que já vi na vida).

Internet lenta? Ah, eu sei bem o que é isso, só fui ter banda-larga em casa ano passado. Baixava música até de lan house, rsrsrsrs...

Manic Street Preachers: cara, sensível demais pra minha mente. Só falta vc falar que também está ouvindo Doves, hehehehe...

um grande abraço!

doggma disse...

Fala Kalungaaaa!!

Rapaz, pra mim estas tuas listas são tão imprescindíveis quanto a lista do supermercado! O novo RevCo você já me passou (antes dos caras entrarem no estúdio, diga-se!). Quase furei o HD de tanto ouvir. Combichrist novo é o porradão EBMacho de sempre! Perfeita a relação com "Clube da Luta".

Baixei o KMFDM brand new. Bem eletronicão, hein. Senti falta de um barulho mais frequente, mesmo assim os sons são bem empolgantes - em especial os vocalizados pela sua musa dark.

Ap.Berzerk... sempre vi esses caras associados à formações darkwave, pensei que ia vir uns urros cavernosos à Wumpscut... mas é popaço. A faixa "Asleep Or Awake" me lembrou até The Killers. Bom, tem de estar num tal clima ensolarado pra encarar o disco na boa, mas até que a "Shadow" é bem legal.

Baixando: Prodigy, Golden Bug e o tal Mr. Sims aí que tu instigou até a alma.

Recomendando: os semi-novos do Bella Morte, do FGFC820 (um Combichrist americano altamente politizado), do Nahtaivel (dark-electro brazuca de primeira), do Eisbrecher (industrial alemão bacana aos 47 do 2º tempo) e o retorno do velhusco Heaven 17, ainda oitentista e pueril, mas relaxante após tanta pancadaria. Todos de 2008.

Ps: pô... eu gosto de Doves, rs.

Kalunga disse...

Salve Doggma!!

rapaz, de tanto som que vc me passou, estava na hora de eu fazer minhas singelas contribuições, hehehehehe...

Pois é, o KMFDM está bem mais eletrônico, EBM mesmo. Mas de alguma forma estou sentindo que desde o WWIII eles estão renovando o som da banda e promovendo sutis mudanças. E, logicamente, a presença cada vez maior da Lucia na banda está dando novos ares. Também, pudera: ela é casada (só fui descobrir anteontem) c/ o Sacha Kotzienko!!! Nepotismo rula, hahahaha! Mas a mina é uma gata, tem uma puta presença de palco e mata a pau nos vocais mesmo, inclusive ao vivo!

Ap. Berzerk: aconselho a vc baixar os três primeiros discos (particularmente o "Apocalyptic Manifesto") que ali vc vai encontrar uma EBM pesada e sombria (ok, não tanto quanto o Wumpscut do Rudy Ratzinger, que é mestre nesta área). Depois disso, eles ajudaram a dar cara ao futurepop, com batidas bem dance, climas trance e realmente bem pop nos vocais. Eu estou gostando mais a cada ouvida este disco novo, mas realmente tem umas faixas ali que beiram o emo, hehehehe...

Coisa parecida tbm acontece comigo com o disco novo do Prodigy: no princípio me incomodei pacas c/ o aspecto (auto)retrô, mas agora to pirando, tá muito bom!!!

Mt. Sims é divertido pacas, muito bom mesmo.

***

Suas recomendações:

Bella Morte - é o "Beautifull Death" que vc citou? Pra mim tá pau a pau c/ o "The Quiet" como o melhor disco dos caras. Aliás, só fui ouvir (já conhecia de nome) o som deles após vc traçar um paralelo com o She Wants Revenge (procede: programações minimalistas, clima goth rock tradicional, bons refrões...).

Heaven 17: cara, eu adorava isso! Tanto é que ano passado baixei toda a dsicografia deles. Mas engoli mosca sobre seu retorno. Estou downloadeando!!! Se vc quiser ouvir um synthpop atual e que tbm trafega neste som clássico dos 80's, indico o Filthy Dukes: http://rapidshare.com/files/210589001/Filthy_Dukes-Nonsense_In_The_Dark-2009-DV8.rar

FGFC820: NUNCA ouvi falar! estou caçando por aí, mas tá difícl,. rsrsrsrsrs... Tô c/ um computador novo e instalei uma verão mais atual do Soulseek (onde até então eu encontrata tudo de mais obscuro que procurava) que parece ter poucos usuários... mas vou pesquisar mais!

Eisbrecher: industrial alemão é sempre bom! Este eu já estou baixando!

Nahtaivel: bem interessante o som, cada vez melhor produzido, já acompanho as produções do Fernando há um tempinho. Consegue ter um toque que foge um pouco dos clichês do dark electro. Se é p/ indicar brazucas, boto a mão no fogo pelo A Industrya (o Sr. Walter Sangregório já veio tocar na minha festa gótica) e tbm ao Cadaverina (rock/metal industrial de primeira lá de BH, e ainda por cima cantado num português cujo timbre às vezes lembra o de Franz Treichler dos primeiros discos do Young Gods).

Rapaz, vc curte Doves??? hehehehe.. todo mundo tem seu calcanhar de Aquiles, hahahaha!!!

Eu morria de vergonha de dizer que curtia pacas o som do Duran Duran (o som, que fique bem claro - os pôsteres deles ficavam por conta da minha irmã) e neguim me sacanaeava pra caramba! Agora bandas famosas os citam como influência, hehehehe...

Sobre o Doves, eu lembro-me de olhar o case de discos de um amigo meu que é indie à moda antiga (daqueles que exitiam antes do Lúcio Ribeiro) e encanei c/ o nome da banda (Doves). Daí que ele rebateu: "porra Kalunga! como é que vc vem me sacanear se vc tem discos de bandas com o nome Grotus?!" - fiquei quieto depois dessa, hehehehe

um grande abraço!!!

doggma disse...

Aê, também curti o novo Prodigy. É como tu dissecou mesmo... aquele velho breakbeat, mas os caras tem as manhas. Provavelmente não vai vingar como o auge. Aliás, sempre achei que seria interessante um retorno às raízes jungle pré-Fat of the Land.

Esse Cadaverina você já comentou por aqui uma vez. Vou procurar alguma coisa dos caras.

Falar em brazucas, o Loop B ainda tá vivo? Se estiver, vou cobrar dele cinco merréis de uma demo que nunca veio!

Pô, essa do Grotus aê foi desmoralizante... ainda bem que ele não falou do Revolting Cocks! hahah

Baixando o Filthy Dukes! Valeu!

Aê o FGFC820:

FGFC820 - Law and Ordnance [2008]

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Senha: profig

Kalunga disse...

Rapaz, eu cheguei a fazer um som (como DJ) com o Loop B em 2004 na Funhouse, quando morava em SP. O cara é gente finíssima, eu já havia o conhecido antes no show dos Young Gods, ele também fez a trilha sonora de uma peça de teatro lá que eu fiz assessoria... só que perdi o contato c/ ele. Porra, o véio te deu cano na demo? putz! Hoje o som dele nada tem a ver c/ o techno-industrial percussivo/abrasivo experimental (nossa, me superei no rótulo!) de antes. O cara tá mais na onda de MPB eletrônica e, até onde eu sabia, era curador dos projetos musicais do Circuito Cultural Banco do Brasil. Vez ou outra recebo o mailing dos eventos e produções dele. Vou ver se reativo o contato c/ ele e cobro a demo dele, hehehehe...

***

baixando o FGFC820: depois emito um parecer.

Pois é, Grotus foi motivo de chacota de meus amigos, tipo: "porra Kalunga, desta vez vc passou dos limites com essas bandas esquisitas que vc ouve!" - Doves virou fichinha, hahahaha!

Prodigy: realmente a produção do Liam Howlett mata a pau e o disco novo de fato traz alguns elementos daquela fase lá de 91/93 jungle/breakbeat hardcore. Acho que ele deve ter ficado puto com o pau que levou c/ o "Always Outnumbered..." (que, por sinal, acho um discaço) e resolveu parar de inventar moda e reforçar o som que o consagrou.

doggma disse...

Vixe, ele nem vai se lembrar... nas duas vezes que falei com ele ao telefone (cobrando a demo ou a grana de volta!), o cara parecia entupido de Prozac com Coca-Cola!

Mas não era nem pela merreca que eu corria atrás e sim pra salvar a boa imagem que eu tinha dele. Havia alguns meses que eu o vi quebrando tudo no palco do Festival de Rock Independente de BH e fiquei bastante impressionado. Infelizmente, deu um exemplo da pior faceta do underground. Foi a única vez em que eu fiquei no vácuo com demos pelo correio. E eu era um consumidor ávido, tive pra mais de duzentas, de grindcore a pop rock. Teve nego de Belém/PA que me ligava só pra avisar que ia atrasar... enfim, o tal do profissionalismo. "Brodagem", só pra usar um termo da época.

Dava um post essa porra.

Mas hein... passando também pra avisar do Ministry novo (alive) e do último Prong remixer:

MINISTRY - Adios... Puta Madres (2009)
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Prong "Power Of The Damn MiXXXer" 2009
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Sobre o Ministry, não dá pra evitar a melancolia - principalmente pelo fato de que nunca tocaram no Brasil (ou tocaram e eu não sei?). E o Prong eu queria saber a tua opinião de profissional... me parecem bem variados os sons.

Kalunga disse...

Salve Doggma!

Pois é, daria um post, pois este mercado de demos só que viveu isso sabe o que é. Eu comprei poucas, e todas eram daquela geração Cri Du Chat de som industrial/EBM, tipo Morgue, Vanishing Point, Silverblood, etc. Mas reproduzi demos de uns amigos de Guarapari, e tinha entre outras coisas Planet Hemp e Raimundos antes deles arrumarem gravadora - fato histórico! E o Loop B (Lourenço) era meio esquisitão msm, isso era fato. O cara fala todo mole, fora que é baixinho, cabeçudo e com aqueles zóião verdes com cara de gremlim. Mas, peraí: vc foi no BH Independent Rock Fest (BHRIF)??? Cara, isso sim rende um post enorme!!! Eu quase fui (mais um na minha lista dos "quase"...), teve o Fugazi, o Anathema, os Swamp Terrorists (que vieram no lugar dos Young Gods) e eu tinha gravada uma matéria da Band sobre o evento e tinha uma entrevista c/ o Loop B e cenas do show dele arregaçando um monte de carcaças metálicas (inclsive a porta de um Fiat 147 ou era de uma Brasília?) e um noise/EBM comendo ao fundo... Posta isso lá no teu blogg, pelamordedeus!!!

Rapaz, tanto o Ministry ao vivo quanto o Prong remixado (comecei a ouvir esta semana, estou gostando muito até então) eu já tinha baixado e já vinha preparando um post com eles (e mais um monte de sons novos tbm) pra dar sequência a este post aqui.

Aliás, só estou aguardando a gravadora do Al liberar a pré-venda do DVD duplo deste show (e mais uma porrada de extras) que eu vou encomendá-lo no ato, pois sei que a Thirteen Planet sempre anuncia uns kits cheios de frescurinhas pra fã (pôster, adesivo, camiseta, botton, etc.) e que na CD Point (onde já tá anunciado o DVD), por exemplo, não tem.

Bom, o Ministry nunca veio aqui não. O Paul Barker é que veio c/ o Jello Biafra pro lançamento do "Barulho", do Barcinski, acho que foi em 93. Eles tocaram c/ os caras do Sepultura e RDP num show no RJ, mandaram até Lard e DK!!! Você certamente lembra disso (saiu até em o Globo que o Jello quase se afogou em Ipanema pegando jacaré e que se hospedou na casa do Renato Russo). Tem um amigo meu que foi no tal show!!!

Mas é lógico que eu estou muito melancólico com este fim, pois o Ministry definitivamente é uma das cinco bandas de minha vida. Mas, na boa, tenho certeza de que pra um ou outro show eles voltam. Não agora, pois o Al vai deixar baixar a poeira. Mas espero que minhas economias estejam OK para quando este dia chegar e eu poder picar a mula pra gringa e ver este show. E pensar que eu até ganhei ingresso VIP de um dos shows da CULatour (a turnê de despedida), pois faço parte do mailing deles e fui sorteado... só que o show era em Chigago!!!! Pergunta se eu consegui ir, hehehehe...