
A tão propagada violência de Sin City, aquela que o gosto-comum dos viciados em blockbusters condenou – muita gente foi para ver “o filme do Bruce Willis”, é estilística, é aquela alegoria toda que Tarantino adora ver espirrar na tela que diverte e faz você pedir mais. Estupro, canibalismo, pedofilia, crimes de toda a sorte. O universo da Cidade do Pecado transposto para a tela do cinema assustou e provocou repulsa no público em geral, mas este – o “público em geral” – não sabe uma fração do que pode ser realmente indigesto. Não vou aqui me meter a crítico de cinema, apenas descrevo o que gosto e o que vejo. E a violência nas telas em si não precisa ser explícita.
Eu gosto do implícito, daquelas situações onde você não daria nada no começo do filme e de repente elas te sufocam na cadeira do cinema até você pedir que dito cujo acabe. Há muita produção aí que não mostra uma gota de sangue e que te faz voltar para casa abalado com tamanha violência. Também seria muito fácil me resvalar no cabecismo intelectualóide gratuito e sair cuspindo na cara das pessoas que filme bom é filme iraniano e tal. O lance é saber separar o trigo do joio – e o cinema americano realmente produz muito pouca coisa que deixe algum tipo de marca em destaque na sua mente. Sin City é genial na sua proposta (eu amo a estética do noir!), mas a verdadeira violência e a crueldade do ser humano passam longe dos cinemas de shopping centers. Ela está lá no gueto das locadoras (“filmes estrangeiros” ou coisa do tipo) e em cinemas periféricos. Uma coisa não precisa eliminar a outra - dá para você tomar uma coca-cola num dia e também beber água natural da fonte no outro. Basta querer.
7 comentários:
"BOB ESPONJA, O FILME" É MUITO MELHOR, MUITO MELHOR MESMO.
E adorei "Pearl Harbor", um clássico do cinema de todos os tempos.
Nostalgia don´t rulez!!!
não vou mais perder meu tempo, deixa pra lá.
Bem, agora falando do flme em questão (mas o Bob Esponja é foda!), confesso a minha chapação total com a prpsta dos caras. Um noir legítimo, absurdamente teatralizado, sem glamour e com cheiro de gasolina. A estética não comanda o filme, apesar de ser essencial pro seu impacto. O clima doente que salta da película torna bastante desconfortável a permanência no cinema. "Sin City" reformula com muitos méritos o gênero policial na telona. Fodaço.
Ahahahahahahah, Kalunga, eu te amo!!!!!
Faça como tenho feito: tome muito chá!
Eu quero mais Sin Cities na telona! O filme é excelente! Uma pena o "cinemão" americano tê-lo condenado. Sobre a violência expressa no filme, ela não está um pingo fora do contexto. Apenas chamei a atenção para as pessoas que não gostaram do filme pelos motivos errados
E eu estou tomando chá de coca!
Aquilo liga, baixa a pressão e faz suar pra caralho, porra!!! Tomar aquino no nível do mal é bad trip certa!
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